Aula do dia 24/03/09

A evolução das Teorias Administrativas - Evolução do Ambiente
-Ecologia organizacional
Foi visto na Teoria da Contingência que as organizações precisam desenvolver certos padrões de relacionamento que as possibilitem se adaptar ao meio ambiente. Contudo, os pesquisadores que compartilham da visão de seleção natural argumentam que o enfoque contingencial atribui muita flexibilidade e poder a organização e pouco ao ambiente. Deve-se portanto neutralizar esse desequilíbrio procurando verificar como os ambientes selecionam as organizações, e isto pode ser feito através da análise das populações e da economia das organizações. Faz-se necessário, portanto, uma investigação que proporcione visualizar melhor como as condições políticas, econômicas e sociais influenciam na diversidade das organizações e como justificam sua posição mutante ao longo do tempo.
As organizações, como organismos da natureza, dependem, para sobreviver, da sua habilidade de adquirir adequado suprimento de recursos necessários ao sustento da existência. Neste esforço, tais organizações enfrentam a competição de outras organizações e uma vez que comumente exista escasses de recursos, somente as mais adaptadas sobrevivem.
Com isso, a natureza, o número e a distribuição de organizações dependem da disponibilidade de recursos, assim como da competição, dentro e entre as diferentes espécies. O ambiente passa a exercer a função de determinar quais competidores terão êxito, selecionando os mais fortes e eliminando os mais fracos. A constituição das populações reflete o resultado de um processo que segrega um tipo de organização das outras. Assim, no que tange ao s tipos de organizações, populações existentes e a relação entre elas, alguns autores ecologistas, propoe que seja possível, a interação por simbiose, na qual tanto o quadro se benefia da presença um do outro, num sentido de complementaridade, o que está diretamente relacionado com os conceitos e características das redes.
Com base na abordagem ecológica, é possível verificar a existência de três estágios no processo de seleção de organizações:
- O está relacionado a mudança nas estruturas das organizações devido às pressões do ambiente;
- O refere-se a seleção de apenas algumas organizações que melhor se adaptaram ao ambiente;
- O estágio é o da retenção em que as formas organizacionais selecionadas são retidas, duplicadas e reproduzidas.
Ao tomar como ponto de partida o fato das redes serem estruturadas bem ajustadas às pressões do ambiente, de certo modo, os três estágios de seleção das organizações podem explicar a proliferação de arranjos interorganizacionais no nos diversos setores das economias.
Fica claro, então, que a evolução dos formatos organizacionais tem privilegiado a aproximação entre as organizações, no intuito de elevar o grau de relacionamento entre elas, dado que no cenário atual as organizações não conseguem prosperar isoladamente. Em adição a conjuntura ambiental demanda níveis de relação capazes de oferecer solidez de força as organizações, o que conduz estas por conseguinte a buscarem na formação de redes as ferramentas para superar os obstáculos impostos pela alta competitividade e mutação constante do ambiente.